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terça-feira, 2 de abril de 2013

Lições de cidadania




Estudantes jovens e adultos da escola Professora Joaquina Mattos Branco (Ceebja / Cascavel-PR) - insatisfeitos com as medidas que prejudicam os munícipes, como por exemplo, o furto das pedras, os postos de saúde fechados, o fechamento de turmas em tempo integral, enfim, com a lógica do “tirar leite de pedras” - refletem acerca da situação política local.
Tendo presente que a consciência política é um processo, busca-se apresentar algumas das intervenções realizadas pelos amantes do conhecimento com a finalidade de fortalecer o “chão da escola” enquanto um espaço de exercício da cidadania.
Nesse mote, a partir da resposta da filósofa Elisandra Ferrari no que tange o texto ‘A missão de Sócrates’ de que “a filosofia procura a verdade para além das aparências”. O intento é desvencilhar-se da “politicagem”, pois esta serve para aumentar o preconceito na política e obstaculiza a percepção de sua essência.
De fato e de acordo com Jana Ferreira “desde a antiguidade, desde os nossos ancestrais se executava a política. Ela influência a vida de todos nós”. Compactua desta prerrogativa a sensibilidade de Aline Tereza Bortoloso ao considerar importante a política na medida em que garante “vagas nas escolas infantis públicas para mães que tem filhos e não tem condições de pagarem uma vaga nos centros particulares de educação”.
            No entanto, Marcelo da Costa expõe o que faz o cidadão afastar-se do campo político que são “os políticos-enganadores que preferem pensar somente em si mesmos”. Decorrente disso, ganha força as ponderações da jovem Michelle Marafon em que “num país onde os cidadãos estão decepcionados com os políticos corruptos, que não hesitam em praticar o peculato, a prevaricação e o furto” o eleitor tem dificuldade de interessar-se por política.
            A esperança, por sua vez, se fez manifestar nos apontamentos de Celso de Santana que aposta na educação das crianças: “o interesse pela política precisa surgir no tempo da infância. Estas possuem a vida toda para serem dilapidadas em benefício da coletividade”. Do seu modo, Cesar Norihiko Hudara acrescenta: “quem sabe com o decorrer dos tempos entre pessoas com boa índole para mudar a visão que temos da política e que possam ajudar as pessoas que mais precisam”.
Todavia, nada acontece ao acaso e o salto de qualidade passa necessariamente pelo investimento em educação, ao invés dos gastos desnecessários com propaganda. Assim sendo, a experiência de vida de Miguel A. David nos ensina que “a política tem suma importância para o viver em harmonia na sociedade”. Corrobora, nesta esteira, a comprometida Ana Beatriz Alves ao asseverar “que pela política temos as leis e, por conseguinte, os direitos e deveres, fundamentais para a vida na coletividade”.
Diante das exposições supracitadas, o consenso é de que os políticos são um reflexo da sociedade. Por isso, com propriedade Leonildo de Oliveira explicita: “O eleitor deve fazer uma vigilância sobre o eleito, pois a cidadania não se restringe, apenas, em escolher o nosso representante. Precisamos estar informados sobre a sua atuação política para ver se ele cumpre com as obrigações decorrentes da sua função”.
Para finalizar é salutar enaltecer a postura do vereador professor Paulo Porto. O profissionalismo deste “intelectual de vitu” é um dos responsáveis pela renovação da Câmara dos vereadores de Cascavel. De certo, ele é uma prova de que quem vende o voto é um irresponsável. O eleitor inteligente vota com consciência.