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quinta-feira, 24 de abril de 2014

Greve: onde estão nossas autoridades?





            A manutenção da organicidade da sociedade é tudo o que os cidadãos altivos almejam. O cumprimento da Lei (sua efetivação de fato) é uma condição sine qua non para a viabilização da convivência respeitosa entre os seres humanos. Por isso, os professores que ensinam o valor do respeito às regras. A importância das normas, das leis para o desenvolvimento das relações sociais.

Neste entendimento acreditamos na política. A cada pleito eleitoral delegamos poder ao votar em sujeitos capazes de elaborar e aprovar leis que favoreçam os anseios daqueles que desejam viver uma vida boa: realizados com o trabalho, com saúde e remunerados com dignidade.

Tendo em apreço o que fora supracitado, quem acompanha a greve dos professores do Estado do Paraná, fica - no mínimo - incomodado. Isto é, a Lei do Piso Nacional foi aprovada por representantes eleitos pelos cidadãos brasileiros (com a participação de deputados federais do Paraná, de Cascavel), sendo assim, por que o atual gestor do Paraná ainda não cumpriu o que determina a Lei do Piso? Ora, o governo prometeu o cumprimento dos 1/3 de hora-atividade para janeiro/2014 e, pergunta-se, por que não realizou sua promessa? Com este panorama, são inúmeras as angústias e aflições vividas pelo cidadão-eleitor paranaense.

Na sua página na interne a SEED-PR anuncia sua posição e em pontos centrais falta com a verdade e é desmascarada pelo site da APP Sindicato. O impasse aumenta e, nesse momento, precisamos do apoio de todas as nossas autoridades políticas. Pronunciem-se. Apareçam. Ninguém quer a greve. Todavia, a Lei precisa ser cumprida também no Estado do Paraná.

Enquanto isso, diante do recuo do governo em cumprir o que determina a Lei do Piso Nacional, a Greve legal avança. Em Cascavel, observou-se nos primeiros dias a ampla adesão de todos os funcionários e professores. Trata-se de trabalhadores em educação (politizados) que enfrentaram ameaças no intuito de expressarem o seu descontentamento. Nas faixas pode-se ler: “Colégio Itagiba: Estamos em greve pela valorização da escola pública”; “Governo sem compromisso, greve na educação”; “Promessa não cumprida, greve definida (Colégio Santa Cruz)”; “Nós professores e funcionários Estaduais de Lindoeste-PR aderimos a Greve”. Os trabalhadores em educação atuantes na APAE aproveitam e manifestam sua reivindicação: “Hora-aula aos profissionais da APAE fora a Hora-Relógio e fora o trabalho remunerado de hora-atividade”.

Diante de tudo isso, o fato é que o descontentamento dos professores estaduais repercutiu em todo Estado do Paraná. Algo precisa ser feito. É urgente que o atual governo repense e de o devido valor que a educação merece. Assessores ruins, neste momento, podem colocar tudo a perder. Os trabalhadores da educação, e não só eles, já não suportam mais bravatas e engodos.

Assinala-se ainda a faixa pendurada entre duas árvores próximas ao núcleo regional de educação de Cascavel que enfatizava: “Funcionário de escola! Você está aqui! Sempre esteve. É hora de reconhecimento! Ser educador é mais que estar presente é estar atento, é conviver, ensinar e aprender”.

Enfim, a luta é para melhorar a educação no Paraná. Quando isso ocorrer, propagandas que visam atrair profissionais para o magistério tornar-se-ão totalmente desnecessária. Por isso, um conselho governador, para acabar com a greve: efetive a Lei do Piso Nacional e não faça promessas que se não for para cumprir. A educação e o cidadão paranaense agradecem.