A
manutenção da organicidade da sociedade é tudo o que os cidadãos altivos
almejam. O cumprimento da Lei (sua efetivação de fato) é uma condição sine qua non para a viabilização da
convivência respeitosa entre os seres humanos. Por isso, os professores que
ensinam o valor do respeito às regras. A importância das normas, das leis para
o desenvolvimento das relações sociais.
Neste entendimento
acreditamos na política. A cada pleito eleitoral delegamos poder ao votar em
sujeitos capazes de elaborar e aprovar leis que favoreçam os anseios daqueles
que desejam viver uma vida boa: realizados com o trabalho, com saúde e
remunerados com dignidade.
Tendo em apreço
o que fora supracitado, quem acompanha a greve dos professores do Estado do
Paraná, fica - no mínimo - incomodado. Isto é, a Lei do Piso Nacional foi
aprovada por representantes eleitos pelos cidadãos brasileiros (com a
participação de deputados federais do Paraná, de Cascavel), sendo assim, por
que o atual gestor do Paraná ainda não cumpriu o que determina a Lei do Piso? Ora,
o governo prometeu o cumprimento dos 1/3 de hora-atividade para janeiro/2014 e,
pergunta-se, por que não realizou sua promessa? Com este panorama, são inúmeras
as angústias e aflições vividas pelo cidadão-eleitor paranaense.
Na sua página na
interne a SEED-PR anuncia sua posição e em pontos centrais falta com a verdade
e é desmascarada pelo site da APP Sindicato. O impasse aumenta e, nesse
momento, precisamos do apoio de todas as nossas autoridades políticas.
Pronunciem-se. Apareçam. Ninguém quer a greve. Todavia, a Lei precisa ser
cumprida também no Estado do Paraná.
Enquanto isso,
diante do recuo do governo em cumprir o que determina a Lei do Piso Nacional, a
Greve legal avança. Em Cascavel, observou-se nos primeiros dias a ampla adesão
de todos os funcionários e professores. Trata-se de trabalhadores em educação
(politizados) que enfrentaram ameaças no intuito de expressarem o seu
descontentamento. Nas faixas pode-se ler: “Colégio Itagiba: Estamos em greve
pela valorização da escola pública”; “Governo sem compromisso, greve na
educação”; “Promessa não cumprida, greve definida (Colégio Santa Cruz)”; “Nós
professores e funcionários Estaduais de Lindoeste-PR aderimos a Greve”. Os
trabalhadores em educação atuantes na APAE aproveitam e manifestam sua
reivindicação: “Hora-aula aos profissionais da APAE fora a Hora-Relógio e fora
o trabalho remunerado de hora-atividade”.
Diante de tudo
isso, o fato é que o descontentamento dos professores estaduais repercutiu em
todo Estado do Paraná. Algo precisa ser feito. É urgente que o atual governo
repense e de o devido valor que a educação merece. Assessores ruins, neste
momento, podem colocar tudo a perder. Os trabalhadores da educação, e não só
eles, já não suportam mais bravatas e engodos.
Assinala-se
ainda a faixa pendurada entre duas árvores próximas ao núcleo regional de
educação de Cascavel que enfatizava: “Funcionário de escola! Você está aqui!
Sempre esteve. É hora de reconhecimento! Ser educador é mais que estar presente
é estar atento, é conviver, ensinar e aprender”.
Enfim, a luta é
para melhorar a educação no Paraná. Quando isso ocorrer, propagandas que visam
atrair profissionais para o magistério tornar-se-ão totalmente desnecessária.
Por isso, um conselho governador, para acabar com a greve: efetive a Lei do
Piso Nacional e não faça promessas que se não for para cumprir. A educação e o
cidadão paranaense agradecem.