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terça-feira, 6 de março de 2012

O dia da mulher




            No dia 8 de março comemoramos o Dia Internacional da Mulher. Sua origem remonta a luta das mulheres russas no intuito de melhorarem sua condição de trabalho e, por conseguinte, de vida. As mulheres exigiam também a retirada da Rússia da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Suas manifestações assinalaram o início da Revolução Russa (1917). É premente recordar, todavia, que a aspiração em celebrar o dia da mulher deve-se ao embate realizado por mulheres em todos os locais do mundo, onde elas reivindicavam inclusive o direito de votar. Na contemporaneidade, entretanto, percebe-se que esta data tornou-se festiva, ou seja, perdeu o seu sentido originário rendendo-se aos ditames da festividade e dos apelos comerciais. Não é por acaso que neste dia os patrões costumam presentear suas funcionárias com pequenos mimos, rosas vermelhas, chocolates, mensagens de otimismo etc. Por que a rememoração do feito original do dia da mulher não pode ser enaltecido?
            Enquanto na antiga União Soviética o Dia Internacional da Mulher (no período stalinista) foi utilizado como propaganda partidária, nos países ocidentais - por longo tempo - a data foi olvidada. Somente após a década de sessenta, mais especificamente em 1975, que o dia da mulher é finalmente designado pela Organização das Nações Unidas (ONU). A aposta é para que nessa data as mulheres possam relembrar suas conquistas econômicas, sociais e políticas. Que este ato sirva para alimentar a utopia de edificarmos um mundo onde reina a igualdade de gênero.
            A seguir elenca-se alguma das mulheres que no Brasil foram exemplo de galhardia, pois não tiveram medo de doar a própria vida em detrimento de seu ideal. Neste cenário, 1) Maria Quitéria de Jesus (1792-1853) é tida como a Joana D’Arc brasileira, foi guerreira e considerada heroína da Guerra da Independência. Para servir no exército se vestiu de homem e hoje é considerada a patrona do Quadro Complementar de Oficiais do Exército Brasileiro. 2) No campo religioso destaca-se Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes (1914-1992), a famosa Irmã Dulce que ficou conhecida como o anjo bom da Bahia por causa de suas obras de caridade e de ajuda aos mais excluídos da sociedade. 3) No âmbito educacional Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas (1889-1985), também conhecida como a poetisa Cora Coralina, deixou um legado de muita aprendizagem. Mulher do dia a dia, doceira por profissão, escreveu obras poéticas de valor incomensurável onde retratou o cotidiano do interior brasileiro, de modo singular, as ruas e os becos históricos do Estado de Goiás. 4) No horizonte da política cita-se Olga Benário Prestes (1908-1942), uma mulher bela de cabelos negros e olhos azuis, nascida em Munique (na Alemanha) veio para o Brasil para participar de uma Revolução Comunista com a incumbência de ser a guarda-costas de Luiz Carlos Prestes. Com este ela namorou e consentiu casamento. Devido aos seus planos terem sido considerados ilegais pelo governo brasileiro foi obrigada a viver por muitos anos na clandestinidade. Grávida foi capturada e entregue a Hitler por Getúlio Vargas. Na Alemanha é morta em uma câmara de gás num dos campos de concentração nazista.
            Em especial, busca-se neste escritos parabenizar todas as mulheres que se dedicam em todo momento para garantir o seu espaço na sociedade. Elas que antes de serem profissionais são filhas, mães, amigas, parceiras, esposas, amantes é confidentes. E, obviamente, a todos os homens que já aprenderam a dar-lhe o valor devido.

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