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sexta-feira, 23 de março de 2012

XIV de Novembro: a escola cidadã




Toda escola que almeja construir-se a partir de uma perspectiva democrática de educação depende de um Projeto Político Pedagógico (de construção coletiva) sobre o qual possa embasar-se. Dado que o escopo da ação pedagógica é formar o cidadão, então, é fundamental que a gestão escolar seja democrática; que exista continuidade no diálogo entre professores e estudantes, direção e corpo funcional, escola e comunidade.
Além disso, é imprescindível que na escola o docente tenha o prazer de ensinar e os alunos a satisfação em aprender. Somente uma educação emancipada é capaz de fornecer subsídios para possibilitar o desenvolvimento integral da identidade daqueles que frequentam os bancos escolares. Uma educação que leve em conta as múltiplas dimensões do discente (afetiva, social, ética, intelectual, espiritual, estética, física), que frequenta o ambiente escolar com o desejo de aprimorar os seus conhecimentos por meio do acesso a um saber mais elaborado, crítico, totalitário, útil, unitário, orgânico no intuito de melhorar a sua qualidade de vida.
Neste propósito e conhecedores de que a escola faz parte de um conjunto mais amplo de uma sociedade permeada por interesses de classes divergentes é que os estudantes do terceiro ano do Colégio Estadual do Bairro XIV de Novembro procuraram refletir sobre algumas questões pertinentes acerca da relação entre educação e política. Nesta direção, ao considerar que a divulgação do que é realizado no interior da escola conduz a valorização do trabalho escolar, na sequência destacamos um pouco do que foi produzido pelos amantes do saber. Por certo, se tudo o que é feito permanece nas sombras do anonimato, como sustentar que as atividades desenvolvidas no interior da escola são importantes para a vida destes estudantes?
            Com esta visão, vale registrar as palavras de Cleonice Z. Duarte e que perpassa a mentalidade das pessoas: “Os políticos de hoje não pensam na melhoria do país, eles querem saber é do salário e de desviar dinheiro público”. Enquanto isso, Sandra G. Nogueira assinala que “nossa educação agoniza a cada dia, pois é deixada de lado. Para os políticos corruptos um povo inteligente é uma ameaça”. Segundo a concepção de Fernanda Karine vivemos a banalização da corrupção, isto é, “ela foi naturalizada, faz parte da rotina e ganha destaque continuamente em jornais, revistas e televisão”. Após expressar sua indignação ao ver tantos “lobos do próprio homem” no poder ainda acrescenta: “A política, na atualidade, tem favorecido a classe dos poderosos, pois a maior parte do dinheiro que deveria ser investido em benefício da população fica para os que se dizem representantes do cidadão”.
            Ao realizar uma pesquisa sobre corrupção Anderson de Oliveira aponta que as formas de corrupção vão do suborno ao favorecimento ilícito, da extorsão ao nepotismo, entre outras coisas, e explicita: “Embora a corrupção possa facilitar negócios criminosos como o tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e tráfico de seres humanos, ela não se restringe a essas atividades”. Neste víeis, Isaias Martins afirma: “O Brasil é o país em que vivemos e temos um grande apreço por ele. Mas, infelizmente a corrupção tem tomado conta desta nação verde e amarela”.
            Com efeito, apesar de serem tantos os desafios, a escola busca ser um espaço de formação do sujeito autônomo, responsável pelo seu conhecimento. Um ser que pensa por si e elabora seu próprio discurso ao contrário do que fazem os indivíduos alienados.

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