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quarta-feira, 23 de maio de 2012

A história e suas lições




            Maximiza-se a humanidade por meio de tudo o que foi pensado e transmitido no decurso da história. Os seres humanos estão em constante construção e a educação é responsável por toda humanização e desenvolvimento. Sem ela teríamos o eterno recomeço a partir do marco zero. Infere-se, por conseguinte, que o desenvolvimento social e pessoal liga-se ao processo de ensino-aprendizagem. A busca pelo saber instiga, desafia e nos enriquece.  Um passeio pela história do mundo antigo revela, dentre outras coisas, a magia e a beleza dos jardins suspensos da Babilônia, das pirâmides do Egito, da estátua de Zeus, do Colosso de Rodes e o farol de Alexandria. Estas realizações históricas continuam a inspirar a ciência na atualidade. Elas revelam o caráter inconcluso e dinâmico, em última análise, da vida e seu pulsar.
No período Medieval, por exemplo, é fascinante poder admirar as ruínas de Stonehenge, do Coliseu de Roma, da torre de Porcelana de Nanquim, das Muralhas da China, da Torre de Pisa e do Cristo Redentor. Na modernidade, o que dizer diante do Eurotúnel (ligação entre França e Inglaterra), da ponte Golden Gate (em São Francisco, Califórnia, EUA), da Usina Hidrelétrica de Itaipu, do Canal do Panamá? As riquezas dos detalhes, os cálculos matemáticos, a engenhosidade, a sensação do divino parece estar tão presente e distante ao mesmo tempo. Com efeito, o entusiasmo acontece naturalmente.
Os encantos são inúmeros. Mas, aliados a estes são gigantescos os dilemas que atingem o cidadão do mundo. A sociedade do capital, pautada no lucro e na concentração de riquezas superou o escravismo, o feudalismo. E, se a realidade muda ininterruptamente, uma teoria que não se renova corre o risco de tornar-se obsoleta num curto espaço de tempo. Daí a necessidade do estudo perene. Que nos diga as estonteantes e maravilhosas cachoeiras das Cataratas do Iguaçu.
            Por sua vez, rever as afirmações tidas como verdadeiras é um exercício de fundamental. A leitura de textos clássicos pode contribuir abundantemente neste processo, quando respeitado o contexto onde foram produzidos. Por sua vez, além da história contribuir na resolução dos problemas atuais, ela fornece um arcabouço de possibilidades para o gênero humano avançar cientificamente e humanamente. Entende-se, neste horizonte, o homem e a mulher como seres inacabados - caldeirões efervescentes - que são alimentados pela vontade de conhecer, de realização, de potencializar o viver ao extremo como se cada dia fosse o último.
            Que a crise do capital não fragilize a esperança que depositamos no amanhã.  O sistema capitalista ameaça desmoronar. O capital transita entre o trágico e o patético; é anacrônico. As manchetes dos noticiários multiplicam-se a cada instante: “Espanha está oficialmente em recessão”; “Ação do Bankia desaba e clientes retiram dinheiro”; “Juros da dívida sobem em Portugal, Grécia, Espanha e Itália”; “Por que razão a União Européia se agarra a Grécia falida?”; “Grécia sem dinheiro para pagar salários e pensões em junho”. Nota-se que a cada dia que passa aumenta a impressão de que nos aproximamos de um abismo aparentemente intransponível.
Referente a isso, talvez seja importante assinalar que em Cascavel observamos o crescimento da industrialização, o aumento dos empregos, apesar de todos os percalços políticos. Mas, não podemos dormir em berço esplêndido, pois o movimento da história evidencia que verdades, calcadas em solo firme, se esboroam diante do dinamismo social.

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