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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

A história e a crise do capital




Na verdade é conveniente enfatizar que os instrumentos de comunicação autênticos são aqueles que buscam em toda ação jornalística expor para a população o que ocorre no mundo, sem preocupar-se em agradar fulano ou ciclano. A função do jornalista extrapola a socialização das informações. Sua ação visa conduzir o leitor a uma reflexão quando busca explicitar os fatos pertinentes em âmbito local, nacional e internacional.
O profissional da comunicação, de modo imparcial e com precisão cirúrgica, procura desvendar, por exemplo, os movimentos do capital e suas implicações para toda humanidade. Afinal, existe um número considerável de cidadãos que ainda consideram a crise econômica como uma invenção de sujeitos desocupados e mal intencionados. Esta constatação aumenta a importantância do estudo da história. Nela podemos notar que apesar da crise econômica ter revelado seus sinais nos Estados Unidos em 2007, esse episódio serve de alerta aos países de todo globo terrestre que encontram-se interligados em função do capital.
Pesquisas etimológicas acerca da palavra capital indicam que ela vem do latim capitale, palavra essa derivada de capitalis que significa “primeiro, chefe, principal”, que por sua vez vem do proto-indu-europeu Kaput e significa “cabeça”. Devido a isso, fica fácil perceber a afirmação de que tudo gira ao redor do capital. Destarte, ter o poder econômico é ter o poder político e cultural.
Que o digam os seus idealizadores, foi longo e deu trabalho a cristalização do sistema capitalista que entrou nos poros das mais diversas classes sociais. Com a queda do Muro de Berlim (1989) e o esfacelamento da URSS em (1991), ganhou força as ideias do Estado-unidense Francis Fukuyama de que havíamos chego ao fim da história. O capitalismo venceu.
Registra-se, todavia, a permanência das controvérsias. Apesar do sistema em questão assemelhar-se a um gato com muitas vidas ele encontra-se ameaçado. Recorda-se, neste mote, da Primeira Grande Crise ocorrida no início do secúlo XX e sua ligação com a Corrida Imperialista, com o liberalismo econômico (laissez-faire) e a concentração de riquezas nas mãos de alguns. A luta por colônias fornecedoras de matéria-prima e consumidoras de produtos manufaturados tornou-se crucial para a manutenção da ordem do capital. A solução encontrada foi a Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
Sem delongas, o fato é que em pouco tempo, o fantasma da crise retornou nos braços da Grande Depressão de 1929. Homens e mulheres perderam seus empregos na virada do dia, a Bolsa de Nova York despencou e o mundo inteiro sentiu os efeitos do colápso do capital. A solução desse impasse surgiu com a implantação do nazismo na Alemanha, o Varguismo no Brasil, o Fascismo na Itália. Decorrente dessa Segunda Crise do Capital a humanidade vivenciou os horrores da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Temor e fé voltam a transparecer diante da Terceira Crise do Capital. A esperança é que o antídoto não seja mais a guerra. A saber, são milhares os artefatos nucleares espalhados pelos mais distantes recantos da terra e a utilização dos mesmos sinaliza para a extinção do próprio planeta. Como diz Albert Einstein (1879-1955) “não sei com que armas a Terceira Guerra Mundial acontecerá, mas a Quarta Guerra será lutada com paus e pedras”.
Unanimemente as causas da crise são várias. A suspeita é que a solução depende da transmutação dos valores em que o coletivo tem preponderância sobre o “egoísmo pueril e doentio”.

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