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sábado, 22 de junho de 2013

O voto: útil e/ou inútil?



Na sociedade democrática, costuma-se dizer que o voto consciente é uma das mais importantes ferramentas para acirrar e fortalecer a democracia. A exaustão se tem dissertado sobre o “voto útil”, porém pouco se tem falado acerca do “voto inútil”. A razão disso tudo, talvez seja porque até mesmo o voto considerado útil, volta e meia, se torna um voto inútil. E quais são os motivos para que isso aconteça?
            Observa-se com frequência que os pensadores da política partidária consideram natural persuadir o eleitor para que vote nos candidatos com chances reais, de acordo com pesquisas pré-eleitorais. A revelia, lobistas de políticos de carreira, especializam-se na conquista pelo sufrágio universal. Com argumentos eloquentes convencem que a opção do eleitor beneficia o candidato “Astrogildo” que apesar de não merecer, apresenta-se como o candidato mais cotado para o pleito na determinada legenda.
Assim sendo, se polariza as eleições entre o “A” e o “B” e, consequentemente, os cidadãos, no exercício pleno de seus direitos políticos, são induzidos a votarem nos candidatos que lideram nas pesquisas e não naqueles que aparentemente não tem chance alguma. Ganha musculatura a ideia do “não perder o voto”. Diga-se de passagem, tal reflexão, trata-se de um tremendo despautério.
Por outro lado, é certo afirmar que os detentores do poder econômico facilmente encomendam pesquisas, além de negociarem visibilidade tendo como escopo a indução pró-voto. Não é por acaso, que seguidamente, as pesquisas não dão certo, falham. Elas são realizadas por amostragens que nem sempre refletem a universalidade da realidade.
Vale dizer, que uma eleição não é uma partida de futebol, onde jogam o Cascavel, o São Paulo, a Seleção Brasileira. Não importa se é um jogo que vale a Taça: Libertadores da América, a Copa das Confederações, a Copa do Mundo. O time vencedor tem todo o direito de comemorar após a vitória, seja o jogo que for.
            Entretanto, as disputas pelo voto não podem se reduzir a um campeonato de várzea. O voto vale educação, saúde, respeito ao contribuinte, transparência nas ações tanto do legislativo quanto do poder executivo. O eleitor consciente é penalizado juntamente com o eleitor que ainda não compreendeu que o “voto não tem preço, tem consequência”.
            Todo cidadão precisa interessar-se pela política, afinal, a política encontra-se relacionada com a sociedade, com a economia. Tudo é política, exemplo disso o noticiado recentemente pelo Tribunal de Justiça (TJ) que “considerou, liminarmente, que a Lei 5.983, que está em vigor na cidade de Cascavel desde 2012, é inconstitucional. Isso significa que a Cettrans (Companhia de Engenharia Transporte e Trânsito) está desobrigada de avisar os motoristas onde há radares e furões em semáforos. A relatora, Regina Afonso Portes, considerou que o Município não tem competência para legislar sobre trânsito, sendo uma incumbência da União”. Portanto, vê-se que o que está ruim para os que utilizam o trânsito cascavelense, ficará ainda pior.
Diante desta temática, graças ao distanciamento do cidadão dos debates, no município de Cascavel, no Brasil e no mundo, temos inúmeros exemplos de maus políticos eleitos com o voto de eleitores desavisados.

Agora, estouram manifestações de repúdio contra a corrupção dos políticos por todo país: umas pacíficas e outras com atos de vandalismo. Porém, estes são um reflexo de uma população que ainda não aprendeu a votar. Com isso, quem perde é a cidadania responsável.

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