As pedras, do real ao virtual, literalmente são fontes de
inspiração para muitos escritores, cujos impressos influenciaram a nossa
sociedade durante séculos. Nas cavernas rupestres (nas pedras) encontramos os
primeiros vestígios da humanidade. Com base nas pinturas pictográficas os
hominídeos deixaram sua marca, seus registros valiosíssimos para a humanidade.
Contemporaneamente
inspirado nas pedras, Carlos Drummond de Andrade escreveu: “No meio do caminho
tinha uma pedra/ tinha uma pedra no meio do caminho/ tinha uma pedra/ no meio
do caminho tinha uma pedra”. Mas quem são estas pedras? A resposta depende da
perspectiva de cada sujeito, da sua posição social, da janela segundo a qual visualiza
o mundo.
Assim
sendo, cada sujeito interpreta as pedras de um modo diferente. Enquanto uns
fazem poesia e crônicas para jornais, outros por andarem distraídos, tropeçam e
se machucam. Existem os meninos briguentos que a utilizam como arma. Há agricultores
que a utilizam para o descanso. Nas escolas e ruas, crianças usam pedras para
pular amarelinha. É bíblica e notória a passagem em que com uma pedrinha
encontrada no chão David venceu o poderoso Golias.
No
nosso tempo, as pedras continuam a ser o foco de intrincadas discussões. Na
rodovia, trajeto entre Medianeira e Matelândia, visualiza-se a centralidade das
pedras na duplicação da BR 277. São “pedras” que trabalham e “pedras” que pagam
o pedágio que sempre aumenta. Em todo caso, as pedras são o assunto principal:
Ora por serem usadas para construir, ora por serem usadas para destruir.
Na
capital do oeste, tornou-se famosa a CPI das Pedras. Tudo isso porque pedras
foram confiscadas da rodovia federal/BR 163. Cogitou-se que o time que visava “melar
tudo” se esforçou para formar uma comissão com integrantes “amigos” e
politiqueiros por profissão.
Todavia,
o desfecho de tal pedreira foi intrigante: Depois de assumir a determinação e
ordenar que trabalhadores laborassem na madrugada com as pedras, o
vice-prefeito mudou sua versão e “garantiu que 100% das pedras retiradas fossem
levadas ao aeroporto, mas que não autorizou o serviço, que ele teria sido feito
sem o consentimento dele”. Com isso, o mistério se alastra no aeroporto. Notificações
levantaram suspeitas de que pedras haviam sido desviadas para a construção de
asfalto em loteadora particular. Pensaram que tinha de sobra e faltou “pedras/cobertor”
para o aeroporto? A questão é: será que um dia os contribuintes cascavelenses
saberão a verdade sobre o que acontece com as “pedras da cidade”?
Ressalta-se,
acima de tudo, que as pedras são extremamente importantes, um alicerce seguro.
Feliz aquele que constrói sua casa sobre as pedras, afinal e de acordo com a
Bíblia: “Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as observa, será
comparado a um homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha. Desceu a
chuva, vieram as correntes, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela
casa, e ela não caiu; pois estava edificada sobre a rocha. Mas todo aquele que
ouve estas minhas palavras e não as observa, será comparado a um homem néscio,
que edificou a sua casa sobre a areia. Desceu a chuva, vieram as torrentes,
sopraram os ventos e bateram com ímpeto contra aquela casa, e ela caiu: e foi
grande a sua ruína” (Mateus 7, 24-27).
Todas
as pedras têm muito a ensinar. É preciso que o ser humano construa mais sobre a
pedra e distancie-se da areia da mentira, do
vandalismo, da prepotência. Que os erros nos sirvam de lição.
Muito boa comparação, análise, professor, parabéns,é isso mesmos, as mesmas que constroem, destroem.
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