Com a crise internacional do capital no
início da década de setenta (1973), países contabilizaram baixas taxas de lucro
e aumento da inflação. A estagnação da economia possibilitou o fortalecimento
da ideologia liberal.
A solução apresentada por intelectuais
liberais é á redução dos gastos do Estado, especialmente nas questões sociais.
Foram resolutos em afirmar que os sindicatos, representantes dos interesses dos
trabalhadores, eram os responsáveis pela eclosão da estag-flação (estagnação
mais inflação) do capitalismo. Os liberais culpam o sindicato pela elevação dos
salários dos trabalhadores e funcionários públicos. De acordo com eles, esse é
o principal fator que empurra o Estado para o precipício orçamentário.
A solução apresentada pelo liberalismo é
o Estado Mínimo, que não intervêm nos assuntos econômicos. Os capitalistas
almejam um Estado que combate às organizações dos trabalhadores. Mais ainda,
querem que a taxa de desemprego aumente no intuito de fragilizar os sindicatos.
Na concepção liberal, para dinamizar o crescimento da economia é necessário
estimular o aumento das desigualdades sociais e ampliar a concentração de renda
nas mãos de uns poucos.
O receituário liberal preconiza o
esfacelamento da união dos trabalhadores em função do enriquecimento da classe
que detêm os meios de produção. Segundo o liberalismo essa é uma condição
essencial para o desenvolvimento do capitalismo até que alcance o seu estágio
superior, onde não haverá mais crises econômicas (sonhadores).
Ao seguir a doutrina liberal, Margareth
thacher (Inglaterra) cassou os direitos trabalhistas, diminuiu investimentos em
saúde, habitação, previdência social e educação. Diminuiu os impostos da elite
econômica e fomentou o desemprego em massa. Elevou as taxas de juros e reduziu
a emissão de moedas. Entregou patrimônio público para a iniciativa privada por
meio da venda de estatais que ocupam setores importantes da economia:
siderurgia, eletricidade, gás, aço, telecomunicações, petróleo e até empresas
de água “foram rifadas”.
O liberalismo propagou-se pelo planeta
terra. Os movimentos grevistas são criminalizados, combatidos e aniquilados.
Nos “países subdesenvolvidos” aonde foi aplicada a ofensiva liberal reduziu a
qualidade de vida significativamente. A desintegração do sistema de saúde, por
exemplo, ressuscitou enfermidades consideradas erradicadas: malária, febre
amarela, cólera, tuberculose, entre outras.
No Brasil, o utraliberalismo começou
a ser efetivado com o presidente Collor de Mello em 1990 e foi aprofundada na
era do Fernando Henrique Cardoso que vai de 1994 até 2002. A efetivação dessa
ideologia colocou os trabalhadores na berlinda e fez com que os sindicatos
adotassem posturas moderadas.
A contestação do modelo
econômico-social pautado na supracitada ideologia ficou por conta dos milhões
de desempregados, dos famintos e miseráveis.
Assim sendo, em linhas gerais, ser
de esquerda é estar do lado dos trabalhadores. É entender que o Estado precisa
ser tencionado em favor da classe que vive do trabalho. É votar em candidatos
que defendem o pequeno agricultor, o trabalhador em geral. Pois, entende que os
interesses da grande mídia não são os da população que é maioria.
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