Durante muito
tempo repetiu-se até a exaustão que “política, futebol e religião não se
discutem”. Esta tríade tupiniquim foi sacralizada por inúmeras pessoas e é
constantemente revivida no imaginário do homem do senso comum. Sabemos que
existe divergência sobre estes assuntos, no entanto, não conversar sobre eles é
contribuir para a alienação diante da religião, da política em prejuízo ao
amadurecimento da sociedade. Quem ganha com a falta de diálogo, de conversa, de
debate sobre estes temas é o analfabetismo político, o fundamentalismo
religioso, o sectarismo que torna a certeza uma verdade absoluta.
À
grosso modo, o cidadão comum vive imerso no ativismo e nas preocupações, por
isso, nem sempre consegue distinguir a política da “politicagem”. A falta de
compreensão o conduz ao distanciamento. Deste modo, temos o acirramento da
máxima apresentada pelo filósofo Platão de que “o preço que os bons pagam por
afastarem-se dos assuntos políticos é o de terem de viver sob o regime (as
leis) dos tiranos”. Conforme Bertold Brecht, vale lembrar também que: “O pior
analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos
acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão,
do peixe, da farinha, da renda de casa, dos sapatos, dos remédios, dependem das
decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e enche o
peito de ar dizendo que odeia a política”.
Por
conseguinte, entendemos que a escola é um dos locais propícios para que ocorra
a formação da consciência política. Sendo assim, motivados pela “campanha 1 +
1=200 mil eleitores” - fomentada por partidos políticos, sindicatos e OAB -
estudantes do Colégio Estadual Marcos Claudio Schuster estiveram a debater sobre
o assunto. De acordo com Mairon de Arruda: “todo cidadão precisa entender acerca
da política e a escola não pode se furtar de seu papel de colaborar com este
entendimento em benefício da sociedade”. O rapaz trabalhador enfatiza, ainda,
sobre a necessidade de pensarmos muito antes de escolhermos os candidatos. Destarte,
está corretíssimo o pensamento da dedicada estudante Renata Caetano que diz:
“precisamos pesquisar bem a vida dos nossos candidatos”. De modo complementar, Alisson
Pereira de Souza ressalta: “para vivermos em sociedade, precisamos de
representantes. Cabe aos eleitores escolherem bons políticos. Os corruptos
devem ser tirados do poder e receber punição com rigor”. Em continuidade e sem
desatino, Lucinéia Deloski, após expor a importância da política, desabafa: “é
lamentável o fato de existirem eleitores que não dão o devido valor e, assim,
trocam seu voto por dinheiro. Com isso, favorecem os candidatos corruptos, que
não pensam no bem da cidade, da coletividade”. De modo enfático e, por sua vez,
o indignado André Abranches destoa o verbo: “Basta de corrupção. Se nada mudar
no sentido de resgatarmos a essência da política, corremos o risco de cada vez
mais mergulharmos na barbárie, no caos”. Afinal, e conforme Karina Adada, “o
político deve administrar com consciência os bens públicos”.
No
final e no limite destes escritos, entende-se que um segundo turno além de aumentar
a legitimidade dos eleitos, irá dar maior visibilidade para nossa cidade em
relação às esferas superiores. Este fato contribui para viabilizarmos projetos
locais e regionais, que vão desde a construção do nosso Hospital Municipal até
a concretização do Aeroporto Internacional de Cascavel.
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