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sábado, 10 de setembro de 2011

Colégio Schuster: “1+1=200 mil eleitores”

   


Durante muito tempo repetiu-se até a exaustão que “política, futebol e religião não se discutem”. Esta tríade tupiniquim foi sacralizada por inúmeras pessoas e é constantemente revivida no imaginário do homem do senso comum. Sabemos que existe divergência sobre estes assuntos, no entanto, não conversar sobre eles é contribuir para a alienação diante da religião, da política em prejuízo ao amadurecimento da sociedade. Quem ganha com a falta de diálogo, de conversa, de debate sobre estes temas é o analfabetismo político, o fundamentalismo religioso, o sectarismo que torna a certeza uma verdade absoluta.
            À grosso modo, o cidadão comum vive imerso no ativismo e nas preocupações, por isso, nem sempre consegue distinguir a política da “politicagem”. A falta de compreensão o conduz ao distanciamento. Deste modo, temos o acirramento da máxima apresentada pelo filósofo Platão de que “o preço que os bons pagam por afastarem-se dos assuntos políticos é o de terem de viver sob o regime (as leis) dos tiranos”. Conforme Bertold Brecht, vale lembrar também que: “O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, da renda de casa, dos sapatos, dos remédios, dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e enche o peito de ar dizendo que odeia a política”.
            Por conseguinte, entendemos que a escola é um dos locais propícios para que ocorra a formação da consciência política. Sendo assim, motivados pela “campanha 1 + 1=200 mil eleitores” - fomentada por partidos políticos, sindicatos e OAB - estudantes do Colégio Estadual Marcos Claudio Schuster estiveram a debater sobre o assunto. De acordo com Mairon de Arruda: “todo cidadão precisa entender acerca da política e a escola não pode se furtar de seu papel de colaborar com este entendimento em benefício da sociedade”. O rapaz trabalhador enfatiza, ainda, sobre a necessidade de pensarmos muito antes de escolhermos os candidatos. Destarte, está corretíssimo o pensamento da dedicada estudante Renata Caetano que diz: “precisamos pesquisar bem a vida dos nossos candidatos”. De modo complementar, Alisson Pereira de Souza ressalta: “para vivermos em sociedade, precisamos de representantes. Cabe aos eleitores escolherem bons políticos. Os corruptos devem ser tirados do poder e receber punição com rigor”. Em continuidade e sem desatino, Lucinéia Deloski, após expor a importância da política, desabafa: “é lamentável o fato de existirem eleitores que não dão o devido valor e, assim, trocam seu voto por dinheiro. Com isso, favorecem os candidatos corruptos, que não pensam no bem da cidade, da coletividade”. De modo enfático e, por sua vez, o indignado André Abranches destoa o verbo: “Basta de corrupção. Se nada mudar no sentido de resgatarmos a essência da política, corremos o risco de cada vez mais mergulharmos na barbárie, no caos”. Afinal, e conforme Karina Adada, “o político deve administrar com consciência os bens públicos”.
            No final e no limite destes escritos, entende-se que um segundo turno além de aumentar a legitimidade dos eleitos, irá dar maior visibilidade para nossa cidade em relação às esferas superiores. Este fato contribui para viabilizarmos projetos locais e regionais, que vão desde a construção do nosso Hospital Municipal até a concretização do Aeroporto Internacional de Cascavel.

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