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quarta-feira, 8 de agosto de 2012

As drogas, a escola e a sociedade




            Um dos problemas mais graves presentes na sociedade são as drogas. Pessoas das mais diversas categorias sociais encurtaram suas vidas por causa delas. Neste sentido, por ingerirem uma quantidade superior ao que o organismo pode suportar (overdose), Raul Seixas e Jimmy Hendrix se despediram de seus fãs.
Sendo assim, encaminhar para um hospital seres humanos em estado de convulsão (por conta da utilização indevida destas substâncias) é sinal de solidariedade. Obviamente, o dependente tem que saber dos riscos que o vício pode acarretar em seu viver, entre seus familiares e pessoas próximas. Na verdade, os indivíduos que se envolvem e se tornam dependentes das drogas se fragilizam. Eles se tornam “foras da lei” além de prejudicarem a própria saúde, suas relações interpessoais e a produtividade no trabalho. Há ainda o empobrecimento da capacidade de raciocínio do usuário que se transforma em alvo fácil da violência. Explicita-se, com base nos apontamentos, que ninguém se torna um “dependente químico” espontaneamente.
Os motivos que conduzem o indivíduo ao uso das drogas são vários. Por serem diversas as motivações é um equívoco a redução do consumo destas substâncias que causam dependência a um único fator. Aliado a isso é conveniente considera que a cada dia são produzidas drogas novas no intuito de driblar a fiscalização e conquistar “novos clientes”. O desafio é compreender a problemática das drogas a partir da totalidade da sociedade capitalista.
Na sociedade do consumo as drogas lícitas são incentivadas com propagandas sedutoras e podem ser comercializadas livremente entre pessoas adultas. Para o usuário o consumo destes produtos não acarreta embaraços com a polícia. Elas estão dentro da lei. Pelo contrário, as drogas ilícitas são aquelas que infringem a lei. Por se tratar de uma infração o usuário que porta ou consome é penalizado.
            No que tange aos seus efeitos, as drogas se classificam em: depressoras que atuam no sistema nervoso e provocam sensação de calma, sonolência, lentidão, porém alteram o raciocínio, a memória e a percepção da pessoa. Nesse caso temos as bebidas alcoólicas, os inalantes, os calmantes, a codeína etc. Há as drogas que são um estimulante para deixar o indivíduo mais ligado, em alerta, atento e com uma fala mais rápida. Nesse quadro, são citadas as anfetaminas, a cocaína, a nicotina, a cafeína. Em terceiro apresentam-se as drogas perturbadoras, pois distorcem e alteram o sistema nervoso central. Imagens e pensamentos do “ser inteligente” ficam embaralhados. A este grupo pertencem o exctasy, o cogumelo, o ácido lisérgico (LSD) e a maconha.
Todavia, é preciso reconhecer que vivemos numa organização social que por si só se encarrega de produzir seres humanos doentes em nome do lucro voraz. A miséria. O superfaturamento de obras públicas. A falta de emprego. A corrupção. A fome. A violência. A concorrência truculenta pelo mercado é uma de droga, pois não é nada humano empresas contratarem escravos modernos (vendedores) que viajam, preenchem relatórios na madrugada, se ausentam de seus lares, para depois escutar: “você não cumpriu as metas e não vai ser contratado”.
O papel da escola é o de esclarecer e prevenir. No entanto, ela não pode fazer muita coisa sem os recursos necessários para desempenhar bem a sua tarefa. Em suma, ela nem pode ficar sozinha nesta luta, pois a droga é uma produção da própria sociedade e é deplorável ver alguns políticos utilizando-se dela como trampolim eleitoral.

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